Em fevereiro, o conglomerado Odebrecht poderá ter que discutir pela primeira vez através de arbitragem o valor de papéis em posse de acionistas minoritários. E justo com a família Gradin, detentora de 20,97% das ações da Odebrecht Investimentos S/A, através da Graal Investimentos Ltda. Os Gradin são os maiores acionistas individuais da companhia, depois da própria família Odebrecht, que é representada pela Kieppe Participações.
Os valores oferecidos pelas ações não foram divulgados pela Odebrecht, por considerar o assunto de foro íntimo. Ressalta, entretanto, que a aferição é feita pelo Credit Suisse, acertada no acordo de acionistas assinado em 2001. Notícias veiculadas na imprensa e confirmadas internamente apontam uma “divergência” bilionária. Pelos cálculos da empresa, as ações valeriam R$ 1,5 bilhão, enquanto a família Gradin estaria querendo colocar na conta possíveis ganhos futuros – o que praticamente dobraria o valor dos papéis. Talvez essa disputa seja a explicação para a saída de Bernardo Gradin da presidência da Braske, em novembro de 2010, e posteriormente, a saída do seu irmão mais novo, Miguel Gradin, da presidência da divisão de Óleo e Gás. A Odebrecht nega veementemente que haja uma disputa judicial com a família Gradin. Com informações do jornal A Tarde.
Escrito por James Martins, do Bahia Notícias.
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